quinta-feira, 16 de maio de 2019

Ata RO do dia 17 de Abril, para aprovação em RO do dia 22/05/0291.

ATA DA REUNIÃO ORDINÁRIA DO CDS DA AP 3.1.
REALIZADA EM 17 DE ABRIL DE 2019.

Às quinze horas e três minutos do dia dezessete de abril de dois mil e dezenove, teve início no auditório do prédio da Coordenadoria de Saúde da A.P. 3.1, sito a Rua São Godofredo, s/nº - Penha, a Reunião Ordinária do Conselho Distrital de Saúde da AP-3.1, presidida pela Senhora Maria de Fátima Gustavo Lopes – Presidente do Conselho Distrital de Saúde da AP-3.1, convidando para compor a mesa representando o segmento gestor a Assessora CAP 3.1 Cristiane Saad e a substituta da presidente Valéria Gomes Pereira, representando o segmento usuário os conselheiros Maria Raimunda Aguiar Souza e Flávia Soares da Silva, segmento profissional de saúde Antonio Luiz Novaes Saraiva, em seqüência a leitura da Pauta do dia pela senhora presidente: - Aprovação atas ROs dos dias 20/02 e 27/03/2019; - Campanha Vacinação; - Projeto Novo Modelo de Acolhimento da CF Augusto Boal, convidado RT de Enfermagem Douglas Rodrigues da Silva; e, Informes Gerais.  Após a leitura da pauta do dia, a substituta da presidente Valéria Gomes, iniciou o processo do sistema de votação, Aprovação das atas ROs dos dias 20/02 e 27/03/2019, sendo aprovadas pela maioria dos presentes.  Dando seqüência à pauta do dia, Campanha Vacinação, apresentado por Vera (Central de Vacina – DVS).  Vera informou que a campanha de vacinação Influenza iniciou em 10 de abril, com grupos prioritários (gestantes, idosos acima de 60 anos e crianças de 9 meses a 5 anos 11 meses e 29 dias).  No dia 21 de abril, inicia campanha para trabalhadores de saúde, pessoas com doenças renais, professores em atividade, mulher até 45 dias após o parto, crianças de 6 meses a menores de 6 anos, pessoas com 60 anos e gestantes em qualquer período da gestação.  Vera solicitou ajuda para a divulgação devido à baixa demanda.  O dia D será 4 de maio, necessidade de captar mais pessoas para aumentar a cobertura.  Para a conselheira Aisar Santana (profissional de saúde do HEGV), divulgação não esta acontecendo, e que só no mês de Maio que vacina chegará ao Hospital Estadual Getúlio Vargas.  Convidada, Vera DVS, informou quanto à questão do HEGV, unidade deverá fazer contato com a Coordenação de Vacina, 11ª RE que fica na Policlínica José Paranhos Fontenelle.  Valéria, substituta da presidente, informou que baixa demanda no público alvo de idosos e pouca divulgação.  O conselheiro Nereu Lopes, segmento usuário, solicitou esclarecimento quanto aos critérios da vacinação e a possibilidade de utilização do meio de comunicação através das rádios comunitárias para a divulgação da campanha.  Assessora CAP 3.1, Cristiane Saad, esclareceu que um dos critérios para criança vacinar em escola, estarem acompanhadas de responsáveis maiores de 18 anos, e a vacina se faz necessária devido ao aumento de doenças respiratórias graves.  Vera, convidada palestrante, citou 7 casos de internações de crianças no Hospital Estadual Getúlio Vargas, devido a doenças respiratórias.  A convidada Sonia, ACS do CMS São Godofredo, informou que equipe de unidade que trabalha, realiza as campanhas de promoção de saúde, em reuniões de pais nas escolas.  Presidente, informou que uma das possibilidades da baixa procura, seja o medo da população devido vacinas roubadas e posteriormente recuperadas, as mesmas sendo reaproveitadas.  Sugeriu que Secretaria de Saúde, faca retratação, explicando sobre o caso.  Assessora Cristiane Saad, informou que irão fazer padronização para divulgação de campanha aos meios de comunicação, citando como exemplo para as rádios comunitárias.  Prosseguindo pauta do dia, apresentação projeto Novo Modelo de Acolhimento da CF Augusto Boal, convidado RT de Enfermagem Douglas Rodrigues da Silva.  Apresentação através de slides, tema Implantação do novo fluxo de acolhimento da Clínica da Família Augusto Boal; breve histórico da clínica, surgiu da união de duas unidades de OS/PACS que trabalhavam com as comunidades do Morro do Timbau, Nova Maré, Conjunto Bento Ribeiro Dantas e Baixa do Sapateiro estando situada no Complexo da Maré.  A clínica conta com 6 equipes de saúde da família (ESF) e com 2 equipes de saúde bucal (ESB), sendo que cada ESB atende à 3ESF`s. ‘Cada equipe de saúde da família é responsável por realizar a cobertura de uma área correspondente ao conjunto de micro-áreas (território onde habitam uma média de 700 pessoas e que corresponde a área de atuação de um agente comunitário de saúde, contabilizando aproximadamente 4500 pessoas assistidas. Estima-se que a unidade assistia a uma população de aproximadamente 25.000 pessoas. A clínica está inserida numa estrutura física onde antes funcionava uma unidade do SESI, que após sua saída passou por um período de abandono até ser incorporado pela Prefeitura do Rio de Janeiro, sendo então dividido entre a Secretaria de Educação e Secretaria de Saúde e Defesa Civil. As instalações passaram por reformas e foi inaugurada em 11 de dezembro de 2010’. A Clínica da Família Augusto Boal, unidade do tipo A, com 6 equipes de estratégia de saúde da família e 2 equipes de saúde bucal. Contam com a atuação de 72 profissionais responsável pela unidade de gerente Leandro Moreira, responsável técnico de enfermagem Douglas Rodrigues e responsável técnico médico Dagoberto Chaves. Categoria das equipes: NASF – 2 psicólogos, 1 fisioterapeuta, 1 educador físico, 1 assistente social e 1 terapeuta ocupacional; Farmácia – 1 farmacêutico e 1 auxiliar de farmácia. Característica territorial e comunitária – bairros e comunidades: Maré, Timbau, Baixa do Sapateiro, Nova Maré, Conjunto Bento Ribeiro Dantas; características das moradias: casas em situação precária, sem saneamento básico em algumas localidades. Unidade localizada em território misto com comunidade no alto do morro e planície; a área da equipe Casinhas é a mais distante da unidade, e a da Bento Ribeiro Dantas mais próxima; nas comunidades existem ladeiras, escadarias, encostas e muitas vielas, nas quais não transitam veículos; territórios com características de violência local. Recursos comunitários: Colegiado gestor da unidade; Conselho de segurança; Associação de Moradores Prefeitura, Morro do Timbau; ONG Maré Viva; CRAS Nelson Mandela; Museu da Maré; Superintendência da Maré e Bonsucesso; Escolas Públicas e Privadas; Igrejas evangélicas; Conselho Tutelar; CMS (2) e CFs (4); Hospital Federal de Bonsucesso e CER Ilha; UPA Pediátrica da Ilha; Grupo de apoio ao Acesso Seguro.  O novo fluxo de acolhimento foi constituído com base na Política Nacional de Humanização, com foco no acolhimento ao usuário e suas demandas.  Após algumas reuniões os responsáveis técnicos pela unidade, achou-se necessário realizar uma capacitação para os ACS’s que seriam instrumentos essenciais na implantação do novo fluxo, eles estariam atuando no chamado ACS Acolhedor (recepção), atualmente chamado de Estação de Trabalho e o Posso Ajudar.  A capacitação foi realizada em dois turnos, período da manhã voltado para o atendimento ao usuário e explicação do fluxo, ministrado pelo enfermeiro Douglas e o período da tarde, voltado para o acolhimento, ministrado pelo professor convidado Tarciso Feijó.  O curso foi realizado em duas sextas, para que todos os ACS’s pudessem ser contemplados.  Após a primeira capacitação, deram início a implantação do fluxo.  Quase três meses depois, os resultados estão sendo satisfatórios, mas sempre enfatizam que estão readequando o fluxo de acordo com a realidade da unidade e as orientações da SUBPAV.  Passo a passo: Reuniões entre a gerência e o RT de enfermagem; Elaboração do novo fluxo de acolhimento; Capacitação com os acs’s (tema: Atendimento e Acolhimento ao usuário); Implantação do novo fluxo de Acolhimento.  Resultados: 30 dias consecutivos sem ouvidorias; Acesso garantido; Avaliação multidisciplinar; Usuário satisfeito. Conceito de Recepção: ‘- Ato ou efeito de receber; - Modo de receber; acolhimento, aceitação, admissão; - Ação ou efeito de receber alguém, pela primeira vez, de acordo com certo cerimonial, esp. Em agremiações científicas, literárias etc.; - Reunião festiva; festa, coquetel; - Em um estabelecimento, setor encarregado de receber os clientes, receber e distribuir a correspondência, dar informações etc.; - No esquema da comunicação, o ato de receber a mensagem, e que corresponde à parte final da transmissão; entre falantes, cabe ao interlocutor ou destinatário (Houaiss, 2018; Aurélio, 2018).  Conceito de Acolhimento – Potente instrumento para prática de Vigilância da Saúde; - Envolve um processo sistematizado com foco não somente voltado para resolução de problemas agudos, mas para práticas de cuidados que considerem fatores de risco, vulnerabilidade e possibilidades terapêuticas; - Constitui-se como estratégia fundamental para a qualificação numa perspectiva de promoção da mudança no processo de trabalho; - Compreende um conjunto de medidas, posturas e atitudes dos profissionais de saúde que garantam credibilidade e consideração; - Pressupõe respeito e solidariedade; - Pressupõe considerar que há momentos na vida em que precisamos medir, pesar e contar.  E há, também, momentos em que é preciso levar em conta os sentimentos, as emoções, a subjetividade e a intuição; - É um espaço-momento de encontro para o reconhecimento das necessidades de saúde; - Acontece com ou sem sala específica, me vários lugares e tempos (Speroni; Menezes, 2014; Merhy; Onocko, 1997).  O acolhimento envolve: - Movimento de inclusão dos diferentes atores sociais em uma atuação colaborativa que permita a ‘construção permanente e solidária de laços de cidadania’; - Tomada de decisão dos profissionais em procurar respostas para os problemas dos usuários a partir de fluxos assistenciais que não contemplem todas as demandas de saúde; - Desenvolvimento de estratégias que conduzam a processos de busca ativa a partir do primeiro contato, adoção de nova configuração do trabalho na perspectiva da multiprofissionalidade, interdisciplinaridade e envolvimento dos usuários; - Política institucional de construção de redes com projeções inter-setoriais; - E principalmente, contato com os usuários permeado por iniciativa, interesse, envolvimento e empatia (Brasil, 2004; Speroni; Menezes, 2014).  Fluxo de Acolhimento: usuário chega à unidade recepcionado pelo profissional do Posso Ajudar que encaminha ao Guichê (ACS) Acolhedor, que lançará no sistema a demanda do usuário e encaminhará aos serviços, caso seja necessário algum atendimento específico, usuário será encaminhado ao profissional escaldo na escuta inicial (Médico e Enfermeiro).  Os profissionais da escuta inicial farão o atendimento das demandas de sua equipe e encaminharão o usuário cão seja necessário à equipe (Médico, Enfermeiro ou Dentista) para o atendimento de demanda espontânea.  Aos que estiverem na escuta inicial, atentar-se ao agendamento de 5 demandas programadas por turno nas agendas de outros profissionais, caso seja necessário agendar algum usuário para o médico ou enfermeiro da equipe.  A partir de 11 horas a escuta inicial atenderá as demandas sem encaminhar para a equipe do usuário, pois, ao meio dia os profissionais das equipes sairão para o almoço, retornando às 13 horas para a rendição e início do atendimento do 2º turno.  O convidado e palestrante, Enfermeiro Douglas, informou que a demanda espontânea, quem irá fazer o médico e o enfermeiro da escuta inicial, caso houver necessidade irá encaminhar ao médico da equipe (estando na casa).  Demanda aumentando, devido à falta de médico, atualmente 100% da equipe técnica.  O conselheiro Nereu Lopes, demonstrou preocupação quantos aos pacientes que estão chegando à unidade, questionando quem são esses pacientes, como estão sendo assistidos os pacientes acamados e como estão sendo feita as visitas domiciliares.  O convidado Daniel, CAPS III João Ferreira, parabenizou apresentação, solicitando que incluam os CAPS na questão de acolhimento.  Assessora Coordenação CAP 3.1 Cristiane Saad, informou que Secretaria de Saúde está fazendo readequações em todas as unidades de saúde, dando ênfase a escuta inicial.  A convidada Mônica Chao, gerente do CMS São Godofredo, informou que a unidade tem 4 ESF, duas estações de trabalho, montando uma terceira para o profissional de enfermagem, esclareceu ainda que foi um caos a inserção do médico no novo processo.  Monica, solicitou esclarecimento quanto às faltas nas consultas programadas.  Douglas, convidado/palestrante, informou que cada unidade tem a sua realidade, e a resistência médica no processo.  Sendo necessário, sensibilizar de toda equipe e juntos construir o fluxo de acordo com a realidade da unidade de maneira individual, e que no novo sistema E-SUS, existe uma janela para a produção de consulta em conjunto.   O conselheiro Nereu, solicitou esclarecimento quanto à adequação das unidades, infraestrutura e apoio para o trabalho.  Assessora CAP 3.1, Cristiane Saad, cada unidade irá adequar a sua estrutura.   Sonia, ACS CMS São Godofredo, informou que quem faz a entrega de exames no CMS e o Posso Ajudar em reservado.  Douglas, convidado/palestrante, informou que exames com classificação verde são entregues direto, já os com outras classificações entregues pelos técnicos, após as 9 horas.  Presidente agradece à Douglas e Leandro (gerente CF Augusto Boal) pela apresentação.  Informes gerais, o convidado Sergio Clemente, informou que no Hospital Estadual Getúlio Vargas os atendimentos de emergência pediátrica vem aumentando consideravelmente, citou também que recebeu informações sobre o aumento nos atendimentos do hospital Nsa. Sra. do Loreto e no IPPMG.  Convidado perguntou o que vem acontecendo com a Rede. A conselheira Kelly Cristina, representando gestão do HEGV, informou que os atendimentos na emergência pediátrica do HEGV vêm aumentando, e que a questão não é apenas profissional, mas sim na questão familiar, a cultura de quem só atende criança é o médico pediatra. Para conselheira, a cura está na base, demandas que chegam as grandes emergências podendo ser atendidas na Atenção Primária.  Solicitou ajuda de todos, principalmente das lideranças comunitárias.  A convidada Monica, gerente dos CMS São Godofredo, apresentou dúvida quanto à classificação de risco.  A conselheira Kelly, HEGV, sugeriu o retorno dos mini fóruns de redes, com discussão a respeito dos encaminhamentos responsáveis. Informou ainda, que daqui a dois meses irá se formar o Complexo Estadual da Penha (UPA e HEGV).  O conselheiro segmento gestor, Dr. Carlos Otávio (IPPMG), informou que através de e-mail que a emergência do instituto estaria cheia sem condições de atender, estando até os boxes ocupados.  Para conselheiro devemos estar atentos nas discussões, espaço destinado para se discutir saúde não doença.  Fortalecer os fóruns do conselho, para melhor discussão de todas as questões voltadas a saúde.  O conselheiro Nereu Lopes, agradeceu pela oportunidade cobrando questões relacionadas ao CAPSi Visconde de Sabugosa, espaço físico sem condições e a falta de médicos psiquiatras para o atendimento.  Para conselheiro, a rede da AP 3.1 é rica em serviços de saúde, sugeriu o retorno das reuniões descentralizadas e os seminários pactuação de redes.  Assessora da CAP 3.1, Cristiane Saad, citou a importância da alta referenciada e a necessidade de mapear as demandas, como exemplo, crianças que chegam à grande emergência do HEGV, e o retorno dos fóruns de redes.  Presidente, encerrou a reunião às 16 horas e 47 minutos, agradecendo a presença de todos e todas.  Eu Flávia Moreira na função de relatora lavro a presente ata que é por mim assinada e pela presidente deste conselho.
Rio de Janeiro, 17 de abril de 2019.
   Maria de Fátima Gustavo Lopes  - Presidente do CDS AP 3.1///
   Flávia P. Moreira  - Relatora

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