ATA
DA REUNIÃO ORDINÁRIA DO CDS DA AP 3.1.
REALIZADA
EM 17 DE ABRIL DE 2019.
Às
quinze horas e três minutos do dia dezessete de abril de dois mil e dezenove,
teve início no auditório do prédio da Coordenadoria de Saúde da A.P. 3.1, sito
a Rua São Godofredo, s/nº - Penha, a Reunião Ordinária do Conselho Distrital de
Saúde da AP-3.1, presidida pela Senhora Maria de Fátima Gustavo Lopes –
Presidente do Conselho Distrital de Saúde da AP-3.1, convidando para compor a
mesa representando o segmento gestor a Assessora CAP 3.1 Cristiane Saad e a substituta
da presidente Valéria Gomes Pereira, representando o
segmento usuário os conselheiros Maria Raimunda Aguiar Souza e Flávia Soares da
Silva, segmento profissional de saúde Antonio Luiz Novaes Saraiva, em seqüência
a leitura da Pauta do dia pela senhora presidente: - Aprovação atas ROs dos dias 20/02 e 27/03/2019; - Campanha Vacinação;
- Projeto Novo Modelo de Acolhimento da CF Augusto Boal, convidado RT de
Enfermagem Douglas Rodrigues da Silva; e, Informes Gerais. Após a leitura da pauta do dia, a
substituta da presidente Valéria Gomes, iniciou o processo do sistema de
votação, Aprovação das atas ROs dos dias 20/02 e 27/03/2019, sendo aprovadas
pela maioria dos presentes. Dando seqüência
à pauta do dia, Campanha Vacinação, apresentado por Vera (Central de Vacina –
DVS). Vera informou que a campanha de
vacinação Influenza iniciou em 10 de abril, com grupos prioritários (gestantes,
idosos acima de 60 anos e crianças de 9 meses a 5 anos 11 meses e 29
dias). No dia 21 de abril, inicia
campanha para trabalhadores de saúde, pessoas com doenças renais, professores
em atividade, mulher até 45 dias após o parto, crianças de 6 meses a menores de
6 anos, pessoas com 60 anos e gestantes em qualquer período da gestação. Vera solicitou ajuda para a divulgação devido
à baixa demanda. O dia D será 4 de maio,
necessidade de captar mais pessoas para aumentar a cobertura. Para a conselheira Aisar Santana
(profissional de saúde do HEGV), divulgação não esta acontecendo, e que só no
mês de Maio que vacina chegará ao Hospital Estadual Getúlio Vargas. Convidada, Vera DVS, informou quanto à
questão do HEGV, unidade deverá fazer contato com a Coordenação de Vacina, 11ª
RE que fica na Policlínica José Paranhos Fontenelle. Valéria, substituta da presidente, informou
que baixa demanda no público alvo de idosos e pouca divulgação. O conselheiro Nereu Lopes, segmento usuário,
solicitou esclarecimento quanto aos critérios da vacinação e a possibilidade de
utilização do meio de comunicação através das rádios comunitárias para a
divulgação da campanha. Assessora CAP
3.1, Cristiane Saad, esclareceu que um dos critérios para criança vacinar em
escola, estarem acompanhadas de responsáveis maiores de 18 anos, e a vacina se
faz necessária devido ao aumento de doenças respiratórias graves. Vera, convidada palestrante, citou 7 casos de
internações de crianças no Hospital Estadual Getúlio Vargas, devido a doenças
respiratórias. A convidada Sonia, ACS do
CMS São Godofredo, informou que equipe de unidade que trabalha, realiza as
campanhas de promoção de saúde, em reuniões de pais nas escolas. Presidente, informou que uma das
possibilidades da baixa procura, seja o medo da população devido vacinas
roubadas e posteriormente recuperadas, as mesmas sendo reaproveitadas. Sugeriu que Secretaria de Saúde, faca
retratação, explicando sobre o caso. Assessora
Cristiane Saad, informou que irão fazer padronização para divulgação de
campanha aos meios de comunicação, citando como exemplo para as rádios
comunitárias. Prosseguindo pauta do dia,
apresentação projeto Novo Modelo de Acolhimento da CF Augusto Boal, convidado
RT de Enfermagem Douglas Rodrigues da Silva.
Apresentação através de slides, tema Implantação do novo fluxo de
acolhimento da Clínica da Família Augusto Boal; breve histórico da clínica,
surgiu da união de duas unidades de OS/PACS que trabalhavam com as comunidades
do Morro do Timbau, Nova Maré, Conjunto Bento Ribeiro Dantas e Baixa do
Sapateiro estando situada no Complexo da Maré.
A clínica conta com 6 equipes de saúde da família (ESF) e com 2 equipes
de saúde bucal (ESB), sendo que cada ESB atende à 3ESF`s. ‘Cada equipe de saúde
da família é responsável por realizar a cobertura de uma área correspondente ao
conjunto de micro-áreas (território onde habitam uma média de 700 pessoas e que
corresponde a área de atuação de um agente comunitário de saúde, contabilizando
aproximadamente 4500 pessoas assistidas. Estima-se que a unidade assistia a uma
população de aproximadamente 25.000 pessoas. A clínica está inserida numa
estrutura física onde antes funcionava uma unidade do SESI, que após sua saída
passou por um período de abandono até ser incorporado pela Prefeitura do Rio de
Janeiro, sendo então dividido entre a Secretaria de Educação e Secretaria de
Saúde e Defesa Civil. As instalações passaram por reformas e foi inaugurada em
11 de dezembro de 2010’. A Clínica da Família Augusto Boal, unidade do tipo A,
com 6 equipes de estratégia de saúde da família e 2 equipes de saúde bucal.
Contam com a atuação de 72 profissionais responsável pela unidade de gerente
Leandro Moreira, responsável técnico de enfermagem Douglas Rodrigues e
responsável técnico médico Dagoberto Chaves. Categoria das equipes: NASF – 2
psicólogos, 1 fisioterapeuta, 1 educador físico, 1 assistente social e 1
terapeuta ocupacional; Farmácia – 1 farmacêutico e 1 auxiliar de farmácia. Característica
territorial e comunitária – bairros e comunidades: Maré, Timbau, Baixa do
Sapateiro, Nova Maré, Conjunto Bento Ribeiro Dantas; características das
moradias: casas em situação precária, sem saneamento básico em algumas
localidades. Unidade localizada em território misto com comunidade no alto do
morro e planície; a área da equipe Casinhas é a mais distante da unidade, e a
da Bento Ribeiro Dantas mais próxima; nas comunidades existem ladeiras,
escadarias, encostas e muitas vielas, nas quais não transitam veículos;
territórios com características de violência local. Recursos comunitários:
Colegiado gestor da unidade; Conselho de segurança; Associação de Moradores
Prefeitura, Morro do Timbau; ONG Maré Viva; CRAS Nelson Mandela; Museu da Maré;
Superintendência da Maré e Bonsucesso; Escolas Públicas e Privadas; Igrejas
evangélicas; Conselho Tutelar; CMS (2) e CFs (4); Hospital Federal de
Bonsucesso e CER Ilha; UPA Pediátrica da Ilha; Grupo de apoio ao Acesso Seguro. O novo fluxo de acolhimento foi constituído
com base na Política Nacional de Humanização, com foco no acolhimento ao
usuário e suas demandas. Após algumas
reuniões os responsáveis técnicos pela unidade, achou-se necessário realizar
uma capacitação para os ACS’s que seriam instrumentos essenciais na implantação
do novo fluxo, eles estariam atuando no chamado ACS Acolhedor (recepção),
atualmente chamado de Estação de Trabalho e o Posso Ajudar. A capacitação foi realizada em dois turnos,
período da manhã voltado para o atendimento ao usuário e explicação do fluxo,
ministrado pelo enfermeiro Douglas e o período da tarde, voltado para o
acolhimento, ministrado pelo professor convidado Tarciso Feijó. O curso foi realizado em duas sextas, para
que todos os ACS’s pudessem ser contemplados.
Após a primeira capacitação, deram início a implantação do fluxo. Quase três meses depois, os resultados estão
sendo satisfatórios, mas sempre enfatizam que estão readequando o fluxo de
acordo com a realidade da unidade e as orientações da SUBPAV. Passo a passo: Reuniões entre a gerência e o
RT de enfermagem; Elaboração do novo fluxo de acolhimento; Capacitação com os
acs’s (tema: Atendimento e Acolhimento ao usuário); Implantação do novo fluxo
de Acolhimento. Resultados: 30 dias
consecutivos sem ouvidorias; Acesso garantido; Avaliação multidisciplinar;
Usuário satisfeito. Conceito de Recepção: ‘- Ato ou efeito de receber; - Modo
de receber; acolhimento, aceitação, admissão; - Ação ou efeito de receber
alguém, pela primeira vez, de acordo com certo cerimonial, esp. Em agremiações
científicas, literárias etc.; - Reunião festiva; festa, coquetel; - Em um
estabelecimento, setor encarregado de receber os clientes, receber e distribuir
a correspondência, dar informações etc.; - No esquema da comunicação, o ato de
receber a mensagem, e que corresponde à parte final da transmissão; entre
falantes, cabe ao interlocutor ou destinatário (Houaiss, 2018; Aurélio,
2018). Conceito de Acolhimento – Potente
instrumento para prática de Vigilância da Saúde; - Envolve um processo
sistematizado com foco não somente voltado para resolução de problemas agudos,
mas para práticas de cuidados que considerem fatores de risco, vulnerabilidade
e possibilidades terapêuticas; - Constitui-se como estratégia fundamental para
a qualificação numa perspectiva de promoção da mudança no processo de trabalho;
- Compreende um conjunto de medidas, posturas e atitudes dos profissionais de
saúde que garantam credibilidade e consideração; - Pressupõe respeito e
solidariedade; - Pressupõe considerar que há momentos na vida em que precisamos
medir, pesar e contar. E há, também,
momentos em que é preciso levar em conta os sentimentos, as emoções, a
subjetividade e a intuição; - É um espaço-momento de encontro para o
reconhecimento das necessidades de saúde; - Acontece com ou sem sala
específica, me vários lugares e tempos (Speroni; Menezes, 2014; Merhy; Onocko,
1997). O acolhimento envolve: -
Movimento de inclusão dos diferentes atores sociais em uma atuação colaborativa
que permita a ‘construção permanente e solidária de laços de cidadania’; - Tomada
de decisão dos profissionais em procurar respostas para os problemas dos
usuários a partir de fluxos assistenciais que não contemplem todas as demandas
de saúde; - Desenvolvimento de estratégias que conduzam a processos de busca
ativa a partir do primeiro contato, adoção de nova configuração do trabalho na
perspectiva da multiprofissionalidade, interdisciplinaridade e envolvimento dos
usuários; - Política institucional de construção de redes com projeções inter-setoriais;
- E principalmente, contato com os usuários permeado por iniciativa, interesse,
envolvimento e empatia (Brasil, 2004; Speroni; Menezes, 2014). Fluxo de Acolhimento: usuário chega à unidade
recepcionado pelo profissional do Posso Ajudar que encaminha ao Guichê (ACS)
Acolhedor, que lançará no sistema a demanda do usuário e encaminhará aos
serviços, caso seja necessário algum atendimento específico, usuário será
encaminhado ao profissional escaldo na escuta inicial (Médico e
Enfermeiro). Os profissionais da escuta
inicial farão o atendimento das demandas de sua equipe e encaminharão o usuário
cão seja necessário à equipe (Médico, Enfermeiro ou Dentista) para o
atendimento de demanda espontânea. Aos
que estiverem na escuta inicial, atentar-se ao agendamento de 5 demandas
programadas por turno nas agendas de outros profissionais, caso seja necessário
agendar algum usuário para o médico ou enfermeiro da equipe. A partir de 11 horas a escuta inicial
atenderá as demandas sem encaminhar para a equipe do usuário, pois, ao meio dia
os profissionais das equipes sairão para o almoço, retornando às 13 horas para
a rendição e início do atendimento do 2º turno.
O convidado e palestrante, Enfermeiro Douglas, informou que a demanda
espontânea, quem irá fazer o médico e o enfermeiro da escuta inicial, caso
houver necessidade irá encaminhar ao médico da equipe (estando na casa). Demanda aumentando, devido à falta de médico,
atualmente 100% da equipe técnica. O
conselheiro Nereu Lopes, demonstrou preocupação quantos aos pacientes que estão
chegando à unidade, questionando quem são esses pacientes, como estão sendo
assistidos os pacientes acamados e como estão sendo feita as visitas
domiciliares. O convidado Daniel, CAPS
III João Ferreira, parabenizou apresentação, solicitando que incluam os CAPS na
questão de acolhimento. Assessora
Coordenação CAP 3.1 Cristiane Saad, informou que Secretaria de Saúde está
fazendo readequações em todas as unidades de saúde, dando ênfase a escuta
inicial. A convidada Mônica Chao,
gerente do CMS São Godofredo, informou que a unidade tem 4 ESF, duas estações
de trabalho, montando uma terceira para o profissional de enfermagem,
esclareceu ainda que foi um caos a inserção do médico no novo processo. Monica, solicitou esclarecimento quanto às
faltas nas consultas programadas.
Douglas, convidado/palestrante, informou que cada unidade tem a sua
realidade, e a resistência médica no processo.
Sendo necessário, sensibilizar de toda equipe e juntos construir o fluxo
de acordo com a realidade da unidade de maneira individual, e que no novo
sistema E-SUS, existe uma janela para a produção de consulta em conjunto. O conselheiro
Nereu, solicitou esclarecimento quanto à adequação das unidades, infraestrutura
e apoio para o trabalho. Assessora CAP
3.1, Cristiane Saad, cada unidade irá adequar a sua estrutura. Sonia,
ACS CMS São Godofredo, informou que quem faz a entrega de exames no CMS e o
Posso Ajudar em reservado. Douglas,
convidado/palestrante, informou que exames com classificação verde são
entregues direto, já os com outras classificações entregues pelos técnicos,
após as 9 horas. Presidente agradece à
Douglas e Leandro (gerente CF Augusto Boal) pela apresentação. Informes gerais, o convidado Sergio Clemente,
informou que no Hospital Estadual Getúlio Vargas os atendimentos de emergência
pediátrica vem aumentando consideravelmente, citou também que recebeu informações
sobre o aumento nos atendimentos do hospital Nsa. Sra. do Loreto e no
IPPMG. Convidado perguntou o que vem
acontecendo com a Rede. A conselheira Kelly Cristina, representando gestão do
HEGV, informou que os atendimentos na emergência pediátrica do HEGV vêm
aumentando, e que a questão não é apenas profissional, mas sim na questão
familiar, a cultura de quem só atende criança é o médico pediatra. Para
conselheira, a cura está na base, demandas que chegam as grandes emergências
podendo ser atendidas na Atenção Primária.
Solicitou ajuda de todos, principalmente das lideranças
comunitárias. A convidada Monica,
gerente dos CMS São Godofredo, apresentou dúvida quanto à classificação de
risco. A conselheira Kelly, HEGV,
sugeriu o retorno dos mini fóruns de redes, com discussão a respeito dos encaminhamentos
responsáveis. Informou ainda, que daqui a dois meses irá se formar o Complexo
Estadual da Penha (UPA e HEGV). O
conselheiro segmento gestor, Dr. Carlos Otávio (IPPMG), informou que através de
e-mail que a emergência do instituto estaria cheia sem condições de atender,
estando até os boxes ocupados. Para
conselheiro devemos estar atentos nas discussões, espaço destinado para se
discutir saúde não doença. Fortalecer os
fóruns do conselho, para melhor discussão de todas as questões voltadas a
saúde. O conselheiro Nereu Lopes,
agradeceu pela oportunidade cobrando questões relacionadas ao CAPSi Visconde de
Sabugosa, espaço físico sem condições e a falta de médicos psiquiatras para o
atendimento. Para conselheiro, a rede da
AP 3.1 é rica em serviços de saúde, sugeriu o retorno das reuniões
descentralizadas e os seminários pactuação de redes. Assessora da CAP 3.1, Cristiane Saad, citou a
importância da alta referenciada e a necessidade de mapear as demandas, como
exemplo, crianças que chegam à grande emergência do HEGV, e o retorno dos
fóruns de redes. Presidente, encerrou
a reunião às 16 horas e 47 minutos, agradecendo a presença de todos e todas. Eu Flávia Moreira na função de relatora lavro
a presente ata que é por mim assinada e pela presidente deste conselho.
Rio de Janeiro, 17 de abril de 2019.
Maria de Fátima Gustavo Lopes - Presidente do CDS AP 3.1///
Flávia P.
Moreira - Relatora
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