ATA DA REUNIÃO ORDINÁRIA DO CDS DA AP 3.1. DE 17 DE JULHO DE 2013.

Conselho Distrital de Saúde da AP-3.1 Rua São Godofredo, s/nº - Penha - RJ Anexo à CAP-3.1 - Telefone: 2260-0294 condisaudeap31@hotmail.com cds31.blogspot.com.br ATA DA REUNIÃO ORDINÁRIA DO CDS DA AP 3.1. DE 17 DE JULHO DE 2013. Às 14 horas e 30 minutos do dia dezessete de julho de dois mil e treze, teve início no auditório do prédio da Coordenadoria de Saúde da A.P. 3.1, sito a Rua São Godofredo, s/nº - Penha, a Reunião Ordinária do Conselho Distrital de Saúde da AP-3.1, presidida pela Senhora Maria de Fátima Gustavo Lopes, que agradece a presença de todos, fazendo leitura da pauta do dia: APRESENTAÇÃO DOS SERVIÇOS DA CLÍNICA DA FAMÍLIA ASSIS VALENTE; APRESENTAÇÃO DOS SERVIÇOS DA POLICLÍNICA NEWTON ALVES CARDOSO; APRESENTAÇÃO DA COLETA SELETIVA DO LIXO; APROVAÇÃO DA ATA DA RO DE 19 DE JUNHO DE 2013 E INFORMES GERAIS’. Após leitura da pauta do dia, a presidente chama para compor a mesa representando o segmento usuários, o conselheiro Eidimir Tiago; representando o segmento profissional de saúde, o Conselheiro Jorge Rodrigues Moreira e representando o segmento gestor, a Conselheira Valéria Gomes Pereira. A presidente informa que dois palestrantes convidados encontram-se ausentes. A convidada palestrante da Policlínica Newton Alves Cardoso justificou a ausência por motivo de agravamento do estado de saúde da mãe, porém não enviou substituto; O palestrante da Clínica da Família Assis Valente justificou a ausência devido a férias, mas também não enviou substituto, iniciando assim a fala do Senhor João Roberto Mendes dos Santos sobre coleta seletiva de lixo. João Roberto disse que procurou a diretoria da COMLURB solicitando tal apresentação, porém foi informado que não seria viável por estar ainda em fase de implantação. João Roberto disse que a pedido do Coordenador Hugo Fagundes, está disponibilizando para os presentes, material falando sobre coleta seletiva. O documento fala sobre como implantar a coleta seletiva; os sistemas de coletas seletivas; os benefícios da coleta coletiva; a forma de acondicionar o lixo; define o que é material reciclável e não reciclável e os cita. João Roberto informa que a Comlurb já está realizando a coleta seletiva em várias áreas, porém ainda não contemplou a área da AP-3.1. Acha importante que aconteça a coleta seletiva, tendo em vista que a mesma irá diminuir o volume de resíduo gerado para os aterros sanitários. Diz que em visita a várias cooperativas de catadores de resíduos, observou que as mesmas são primárias, utilizando-se de trabalhadores diaristas, desassistidos pela saúde do trabalhador; realizam o trabalho sem luvas, máscaras e às vezes com feridas abertas na pele. João Roberto diz que as cooperativas de catadores de lixo devem ser fiscalizadas afins de garantir os direitos daqueles trabalhadores. Finalizando, João Roberto diz que fica devendo a presença de representante da Comlurb afim de abordar mais o tema. Em seguida é passada a palavra ao Coordenador da CAP-3.1, Dr. Hugo Fagundes que se diz preocupado com o destino dos resíduos sólidos, desejando uma coleta de lixo de forma organizada, com o morador cooperando em colocar o lixo no horário certo e não posterior à coleta. Citou como fato de dificuldade a necessidade de instalação de containeres no conjunto do Iapetec onde constantemente roedores espalham lixo no entorno. Hugo diz que a Comlurb pede apenas que algum morador assuma a responsabilidade pelo container. Diz ainda que de nada adianta a coleta organizada se não sensibilizar a população na cooperação. Em seguida o Conselheiro Usuário Waldir Francisco de Souza diz que acha muito importante o tema e que vai cobrar do Doutor Guilherme da Comlurb a presença na R.O. Em seguida o Conselheiro Gestor Moysés Rechtmon do HFB diz que no entorno do HFB tem uma comissão que trata do assunto, composta pelo representante da comunidade do entorno, da subprefeitura e da Comlurb que discute os problemas relacionados às questões ambientais e sugere que amplie esta discussão chamando para a RO estes atores afim de discutir os problemas ambientais, pois está dentro do conceito amplo de saúde. Moysés diz que no entorno do HFB já se avançou bastante no assunto, porém ainda se vê lixo depositado pelo comércio local após a coleta da Comlurb, favorecendo assim a proliferação de roedores no local. Em seguida O Conselheiro Estadual Nereu Lopes solicita que se faça mensalmente uma reunião descentralizada deste conselho em cada região administrativa. Em seguida o Conselheiro Profissional de Saúde Antonio Luiz Novaes Saraiva informa que juntamente com o palestrante João Roberto visitou algumas unidades da Comlurb (Diomedes Trota, Méier, Major Ávila e Cooperativa de Catadores) e foram informados que está sendo reativada a coleta seletiva de lixo, porém nesse momento a Comlurb não pode falar sobre a mesma em nosso território pois ainda está sendo implantada. Em seguida Hugo Fagundes coloca que acha importante que representante da Comlurb venha na reunião do conselho e discuta com o controle social onde acha mais importante que se inicie a coleta seletiva, embora insista em dizer que a discussão não se resume a coleta de resíduos recicláveis, o que esta seria uma pequena parcela da discussão, quando se tem uma coleta irregular com falta de equipamentos, infra-estrutura e investimentos na informação. Hugo diz que hoje o lixo é um problema no mundo e acha absurdo se convidar para conversar no conselho distrital de saúde sobre o lixo e o responsável pela empresa que recebe o lixo, colocar objeções em comparecer para conversar. A Presidente Maria de Fátima Gustavo Lopes propõe refazer o convite para a Comlurb e para o Subprefeito André para uma próxima Reunião Ordinária. Sobre a solicitação do Conselheiro Nereu, Fátima diz que encaminhará para a executiva do CDS (proposta de reuniões extraordinárias descentralizadas por região administrativa). A senhora presidente lamenta a ausência dos palestrantes representantes das duas unidades de saúde com pauta nesta RO e cobra do coordenador Hugo Fagundes providências, sugerindo que o mesmo apresente a Unidade na falta de seu representante. O coordenador Hugo Fagundes reforça que o CDS deve fazer ofício de repúdio pelas ausências dos palestrantes. Foi apresentado na tela o cronograma de apresentações das unidades de saúde para que todos tomem ciência e o Conselheiro Jorge Moreira aproveitou para reforçar que o cronograma de apresentações encontra-se disponível no blog do conselho. O Conselheiro Profissional de Saúde Dr. Luiz Zamagna (médico responsável pela maternidade do HFB) solicita ajuda ao coordenador para se montar um protocolo da AP-3.1 no atendimento de pacientes grávidas usuárias de crack e outras drogas. Zamagna informa ainda que no momento, o HFB encontra-se sem psiquiatra para dar suporte. Que o parto é de risco e o HFB acaba acolhendo a grávida e a criança e busca hoje uma alta segura para este tipo de paciente. Hugo Fagundes informa que esteve afastado de licença para acompanhar o pai em procedimento cirúrgico em São Paulo e que na CAP-3.1 tem lotados 54 funcionários os quais poderiam ter sido acionados e não foram, levando assim a um acúmulo de situações para resolver, além de estar no momento de debate do plano Pluri-anual (plano para 4 anos de governo). Hugo reforça que é impossível estar em todos os lugares ao mesmo tempo, por isso tem uma equipe. No que diz respeito à saúde mental, Hugo diz que foi coordenador de saúde mental durante quinze anos. Hoje como coordenador, quem responde pela saúde mental na sua equipe é a enfermeira Fátima Virgínia. Hugo diz que todas as ações de saúde mental estão sendo centralizadas na Subsecretaria de Atenção Hospitalar. Diz que o momento é de reorganizar a estrutura para posteriormente avançar, como é o caso da tuberculose, que se faz necessário um rasteio da população nos casos sintomáticos respiratórios e ainda a capacitação de profissionais na aplicação do PPD. Moysés informa que a emergência encontra-se superlotada e reclama da falta de intercâmbio da HFB com as UPAs, sugerindo um encontro do HFB com as UPAS do entorno afim de desenhar uma estratégia de atendimento, pedindo ajuda ao Conselho neste intercâmbio. Retomando a palavra Fátima Lopes informa que acima do Coordenador da CAP, tem as S/SUBGER – Coordenadorias Gerais de Integração e que no caso da AP-3.1 e 3.2 é a Dra. Guida Silva Vasconcelos. O Conselheiro Jorge Alfredo justifica a falta da Palestrante da Policlínica Newton Alves Cardoso pelo motivo de a mãe estar no CTI, gravíssima.Concluindo disse que não basta só apresentar, que deve se fazer uma boa apresentação. O Conselheiro Estadual Nereu Lopes pergunta como está funcionando o transplante de fígado no HFB? O Conselheiro Hércules dá ciência que a diretora do HEGV não pediu demissão e sim, foi retirada, onde vinha desenvolvendo um belíssimo trabalho, deixando assim o seu protesto pela substituição da direção do HEGV. Em seguida a Conselheira Kelly do HEGV informa que a saída da Dra. Ana Cláudia da direção do HEGV foi por motivos particulares e que no momento encontra-se sem condições de saúde para comparecer a este pleito, porém deverá comparecer na próxima RO afim de justificar sua saída e que hoje responde interinamente pelo hospital a Dra. Olívia Machado. Em seguida Hugo Fagundes inicia sua apresentação: Rotinas para tratamento hospitalar para o Crack, Álcool e outras drogas: Hugo apresenta as Indicações de internação em unidades hospitalares. Iniciando cita as Complicações clínicas do uso da substância que requeiram tratamento hospitalar, à saber: Condições clínicas que requeiram tratamento hospitalar e o uso de substâncias interfira negativamente no prognóstico, tais como: - Desnutrição ou desidratação graves, Instabilidade hemodinâmica, Quadro infeccioso (febre >38) com queda do estado geral. Risco de síndrome de abstinência grave citando como exemplo o Alcoolismo em alta dose, com história de Delirium Tremens). Em seguida Hugo cita o que “Não constituem indicações de internação nos leitos dos hospitais gerais”: 1. Dependência sem comorbidades clínicas. 2. Intoxicação aguda grave, os quais devem ser encaminhadas para o CER de referência 3.Complicações clínicas ou doenças agravadas pelo uso das substâncias que se constituam em emergências graves (ex: ruptura de aorta por uso de cocaína), devendo nestes casos serem encaminhadas. Em seguida Hugo apresenta as “Complicações clínicas relativas ao uso de Crack, Álcool e outras drogas”, a saber: Complicações cardiovasculares, respiratórias, neurológicas e renais. Em seguida foram apresentados os Procedimentos para internação em unidades hospitalares, devendo as mesmas serem indicadas pela equipe de tratamento territorial conforme critérios técnicos, cabendo à equipe comunicar ao paciente; obter consentimento verbal; Colher informações relativas à identificação, idade, sexo, história patológica pregressa, histórico social, endereço fixo e de familiares próximos e quando essas informações estiverem disponíveis, comunicar à central de regulação de vagas pelo email equipederegulacao@smsdc.rio.rj.gov.br, Cc: smhospitaisgerais@gmail.com e em seguida confirmar a regulação de transporte em ambulância básica; Contactar a unidade de destino para passagem do caso e encaminhar paciente com histórico médico e psico-social sumário. A equipe deverá acompanhar a internação regularmente e participar do processo de alta hospitalar, quando deverá atender o paciente em menos de 12 horas após a alta. Em seguida foi apresentada a Rotina de atendimento hospitalar a pacientes com TUS (Transtorno por Uso de Substâncias): Prioridade 0 (Imediato); Prioridade 1 (Até 1h); Prioridade 2 (Até 6h); Prioridade 3 (Até 12h). Em seguida foi apresentado o Checklist para alta hospitalar a pacientes com TUS, a saber: O serviço territorial foi contactado? O mesmo concorda com a alta? O Serviço Territorial está pronto para receber o paciente em menos de 12 horas após a alta? O paciente tem meios para chegar ao serviço territorial após a Alta? Em caso de tratamento em atenção primária continuado para a doença de base (ex. BK), a equipe territorial está ciente do caso? A clínica de saúde da família foi contactada? Hugo informa que não se interna simplesmente para tratar o uso de drogas. Concluída a apresentação, iniciou-se o bloco de perguntas com o conselheiro Waldir Francisco que informou que as lideranças da área da Maré se tem organizado em reuniões e fazendo mobilizações de forma pacífica e organizada. Convida os representantes dos complexos da Penha e do Alemão para interagirem em prol da população. Waldir cobra a presença dos profissionais nas reuniões ordinárias do CDS quando ele cita que as mesmas foram elitizadas. Em seguida o Conselheiro João Ricardo pede desculpas pelo atraso e passa como informe o surgimento de nova doença denominada “esporotricose” (doença transmitida através de contato com gatos ou fezes dos mesmos. Causada pelo Fungo Sporothrix Schenckii. Os sintomas são lesões na pele, que tem crostas e são úmidas. A localidade mais afetada é Duque de Caxias e em caso de suspeita o indivíduo é encaminhado à Fiocruz - Manguinhos ou na Unidade Municipal de Medicina Veterinária Jorge Vaitsman – Prefeitura do Rio (Avenida Bartolomeu de Gusmão, 1.120-São Cristóvão). João Ricardo informa ainda que amanhã dia 18 de julho de 2013 a partir da 17 horas haverá vigília na Candelária e que dia 29 de agosto de 2013 fará 20 anos da chacina de Vigário Geral. Divulga a existência do livro Barões do Extermínio e fechando sua fala propõe inclusão na pauta da próxima RO a presença do coordenador de saúde mental – Dr. Leonardo. Hugo informa que o que assegurou o reabertura do CMS Samora Machel foi a união das lideranças da Maré. Em seguida o Conselheiro Jorge Alfredo fala que o povo hoje é mais preparado, com coerência e inteligência. Moysés do HFB comenta que o Brasil é um dos países que menos se investe em saúde e quase sempre a culpa sobrecái no profissional que acaba sendo punido. Sobre a questão dos transplantes, Moysés informa que houve uma pausa por falta de pagamento, porém houve contratação da equipe de transplantes renais, mas o mesmo não aconteceu com a equipe de transplante hepático. Segundo Moysés, a equipe de transplantes renais realizou 42 transplantes em 2 meses. Moysés informa que já teve reuniões algumas vezes com o Dr. Lúcio Pacheco (responsável pelo transplante hepático) que disse que nos dias reservados (3ª feiras) não houve fígado disponível. Moysés sugere uma cobrança à equipe de transplante hepático. Diz se sentir feliz ao saber da união das lideranças da Maré. Em seguida a Senhora Marisa (usuária) diz ter ficado feliz com a fala do Waldir. Diz que falta mais mobilização na comunidade. Que temos que gritar mais pelo SUS. Que no complexo do alemão a população tem 2 portas de entrada da saúde, porém sem médico no que diz respeito à referência e contra-referência. Em seguido o Presidente da Associação de Moradores do Eldorado – Cordovil informa que a próxima reunião da comunidade com o CMS José Breves ocorrerá no dia 29 de julho. Em seguida o Waldir coloca que não é contra gestor ou profissional, tem mesmo que vir aqui falar, porém os usuários é que estão acompanhando isso mais de perto. Fátima reforça que é importante ser representante de fato. Agradece a presença de todos, pede desculpas pela ausência de dois palestrantes e nada mais havendo a tratar, foi encerrada a reunião ordinária às dezessete horas da qual eu, Jorge Rodrigues Moreira na função de secretário, lavro a presente ata que é por mim assinada e pela presidente deste conselho. Rio de Janeiro, 17 de julho de 2013. Maria de Fátima Gustavo Lopes Presidente Jorge Rodrigues Moreira Secretário