quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Ata do dia 23 de Julho de 2014 retificada.

Conselho Distrital de Saúde da AP 3.1
Rua São Godofredo, s/nº - Penha - RJ 
Anexo à CAP-3.1 - Telefone: 2260-0294
 condisaudeap31@hotmail.com cds31.blogspot.com.br

ATA DA REUNIÃO ORDINÁRIA DO CDS DA AP 3.1.
REALIZADA EM 23 DE JULHO DE 2014.

                        Às 14 horas e 25 minutos do dia vinte e três de julho de dois mil e quatorze, teve início no auditório do prédio da Coordenadoria de Saúde da A.P. 3.1, sito a Rua São Godofredo, s/nº - Penha, a Reunião Ordinária do Conselho Distrital de Saúde da AP-3.1, presidida pela Senhora Maria de Fátima Gustavo Lopes – Presidente do Conselho Distrital de Saúde da AP-3.1, convidando para compor a mesa representando o segmento profissional de saúde a Conselheira Zélia Pinto de Souza, representando o segmento usuário a Conselheira Sônia Maria Fonseca da Silva, representando o segmento gestor o Conselheiro e Coordenador da CAP 3.1 Hugo Marques Fagundes Junior, representando o Conselho Municipal de Saúde o Secretário Executivo David Salvador de Lima Filho e a substituta da presidente Lúlia de Mesquita Barreto. Em seguida a presidente Fátima Lopes realiza a leitura da pauta do dia: LEITURA E APROVAÇÃO DA ATA DA RO JUNHO/2014; APRESENTAÇÃO E APROVAÇÃO DOS RELATÓRIOS DE VISITAS REALIZADAS NAS UNIDADES: CMS HELIO SMIDTH (05/06/2013); CMS NOVA HOLANDA (05/06/2013); CMS SAMORA MACHEL (05/06/2013); CMS PARQUE UNIÃO (12/06/2013) E CMS ALOYSIO NOVIS (03/07/2013); APRESENTAÇÃO DO SECRETÁRIO MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO - DANIEL SORANZ; APRESENTAÇÃO E APROVAÇÃO DOS SERVIÇOS DO CAPSad MIRIAM MAKEBA PARA CREDENCIAMENTO DO SERVIÇO e INFORMES GERAIS. A presidente passa palavra para a Coordenadora da Comissão de Fiscalização Lúlia Barreto que coloca em votação o primeiro ponto de pauta: Leitura e Aprovação da Ata da RO de Junho/2014, informando que a mesma encontra-se disponível para leitura no blog do conselho cds31.blogspot.com.br bem como foi entregue na chegada à este pleito cópia impressa da mesma. Em seguida a ata é colocada em votação e é aprovada por unanimidade. Dando seguimento à pauta, Lúlia coloca em aprovação o segundo ponto de pauta também disponível no blog do conselho: Apresentação e Aprovação dos Relatórios de Visitas realizadas nas unidades CMS Helio Smidth (05/06/2013), CMS Nova Holanda (05/06/2013), CMS Samora Machel (05/06/2013), CMS Parque União (12/06/2013) e CMS Aloysio Novis (03/07/2013), sendo todos os relatórios aprovados por unanimidade. Retomando a palavra, a presidente Fátima Lopes informa que devido à algumas mudanças na gestão da esfera estadual e federal, bem como mudança na estrutura da Secretaria Municipal de Saúde, impossibilitando assim a presença de um grande número de convidados, propõe a alteração da data da realização do II Seminário Pactuação de Redes da AP 3.1 para o dia 27 de agosto de 2014, sendo aceita a proposta pela plenária presente, mantendo local e horários. Dando seguimento à pauta, Fátima Lopes propõe que enquanto aguarda presença do Secretário Municipal de Saúde, seja apresentado o quarto ponto de pauta do dia: Apresentação e Aprovação dos Serviços do CAPSad Miriam Makeba para o Credenciamento do Serviço, convidando o palestrante Daniel Elia que inicia a apresentação visual através de slides, informando que está presente também os componentes da equipe do CAPSad,  a Coordenadora Administrativa Josélia Oliveira e o Coordenador Técnico Rodrigo Simas. Daniel informa que o CAPSad Miriam Makeba é um serviço de saúde mental com função ordenadora em álcool e outras drogas na AP 3.1, recebendo os casos mais graves em relação a problemas decorrentes ao uso de álcool e drogas. Oferece apoio aos serviços da atenção básica em casos mais leves fazendo a articulação para a utilização de outros dispositivos de saúde que sejam necessários, como princípios básicos. A Atenção Psico-social realiza tratamento no território, através dos recursos de vida do sujeito, com o objetivo de fortalecer os laços sociais existentes e construir novas possibilidades. Tem uma visão complexa dos determinantes do problema em saúde mental, incluído no contexto subjetivo, social, histórico e biológico do sujeito; Atua na redução de danos com  tratamento voltado para os diversos nexos de vida do sujeito, retirando a droga do protagonismo na narrativa dos usuários. Ainda do lado da prevenção primária, estão as ações executadas em ambiente limpos, confortáveis, na proteção intramuros das instituições; enquanto do lado de RD estão ações destinadas a pessoas arredias, desconfiadas e socialmente machucadas, desenvolvidas em ambientes pobres, sujos, muitas vezes, violentos e inseguros, onde o que fora planejado pode mudar a qualquer momento, seja pelos movimentos e tensões relacionadas aos próprios usuários e/ou aos integrantes do tráfico de drogas, seja pelas intervenções externas perpetradas pela polícia em sucos de ações repressivas, muitas vezes violentas, em nome do combate ao tráfico’. A idéia que a redução de danos seja uma estratégia de inclusão e acesso principalmente da população mais vulnerável, sendo o principal objetivo do cuidado. Em seguida, Daniel Elia faz uma descrição do serviço apresentado : O CAPSad Miriam Makeba, CAPS do tipo III, unidade de serviço 24 horas, situado na Rua João Torquato, 248, Bonsucesso, abrange Área Programática 3.1 (Bonsucesso, Brás de Pina, Complexo do Alemão, Cordovil, Ilha do Governador, Jardim América, Manguinhos, Maré, Olaria, Parada de Lucas, Penha Circular, Penha, Ramos e Vigário Geral). Tem uma equipe multi-profissional (equipe técnica) composta por 3 psiquiatras, 1 clínico geral, 7 enfermeiros, 7 psicólogos, 2 assistentes sociais, 2 terapeutas ocupacionais, 1 educador físico, 1 músico-terapeuta, 1 farmacêutico, 10 técnicos de enfermagem, 1 técnico em farmácia, 1 auxiliar de jardinagem (ministra oficina de hortas) e 2 copeiras (39 total), administração: 1 supervisora e 3 auxiliares de administração, direção: 1 diretor, 1 coordenador técnico e 1 supervisora clínico-institucional.  Os recursos são adequados para o funcionamento de 24 horas. O acolhimento para novos usuários de ocorre no horário de 8 às 19 horas. A estrutura física conta com 9 leitos para acolhimento noturno (atualmente todos ocupados), 1 leito de observação em sala de procedimentos (para usuários que chegam e possam precisar, machucados, com alguma intoxicação química, com problemas respiratórios, pneumonia ou tuberculose), 3 salas de atendimentos, 2 salas de oficina, 1 auditório, 1 sala de reunião, pátio, ambiente de convivência e refeitório.  Os serviços de oficinas ministrados pelo CAPS são: Assembléia – construção coletiva usuários e os profissionais, Reunião de Bom Dia/Boa Noite, Grupo de Família, Grupo de Musicoterapia, Grupo de Apoio ao Trabalho, Oficina Expressiva, Oficina de Horta, Oficina de Futebol, Oficina de Fotografia, Oficina de Ginástica Oriental, Oficina de Beleza e Cuidados Pessoais.  O CAPSad Miriam Makeba por ser um CAPS de  portas abertas recebe muitos moradores de rua que passavam o dia na unidade, onde realizam as atividades cotidianas como tomar café e  lavar roupa. Os trabalhos são realizados a partir de um projeto terapêutico singular. As reuniões são diárias e a supervisão clínica-institucional realiza ações inter-setoriais em parceria com o consultório de rua de Manguinhos e tem proximidade com a Assistência Social através do  CRAS. Tem participação em Fórum de Saúde Mental e demais fóruns pertinentes (cultura, população de rua, gestantes usuárias de drogas, violência doméstica). O próximo passo para realização do trabalho é a ampliação das ações nas cenas de uso.  O projeto de trabalho do CAPSad na rede de saúde da AP-3.1 é a visita a todas as clínicas de famílias e unidades de saúde da AP 3.1. para  apresentação, aproximação e articulação de estratégias de apoio. Dá apoio matricial a Maré. Tem Articulação permanente e diária com o Consultório de Rua.  Articula-se com emergência psiquiátrica (PAM), UPA, hospitais gerais (em especial o Hospital Municipal Evandro Freire), apoio ao acesso a consultas em nível secundário; Tem Parceria com os demais CAPS da área: Fernando Diniz, Ernesto Nazareth, João Ferreira e Visconde de Sabugosa. Tem parceria com os demais CAPSad da cidade: Júlio César de Carvalho, Antônio Carlos Mussum, Raul Seixas, Mane Garrincha e Centra-Rio; Parceria com o Desenvolvimento Social; parceria com o Projeto Proximidade, Encontros com a 4ª CAS, Comissão Local, os CRAS e CREAS  da área; Abrigos: CRAF, URS Ilha do Governador, abrigo de Família Ilha, Abrigo de Idosos da Ilha, Abrigo Estadual Cristo Redentor, Fundação Leão XIII, Casas Viva Bonsucesso e Penha, abrigo Ana Carolina (abrigo infantil apoio as mães e aos pais que fazem uso de drogas), Emaús (abrigo em Cordovil). Os dados de atendimentos, com base de levantamento período de 14 de abril a 30 de junho (característica da clientela): 314 acolhimentos novos (atualmente cerca de 450); 60/70 pacientes por dia de serviço; 30,9% (75) fazem uso atual de crack e 76,1% (239) fazem uso atual de outras drogas; 17,2% (54) mulheres e 82,8% (210) homens; 3,% (10) adolescentes.Novos dados a serem recolhidos com prontuário eletrônico a partir do mês de Julho.  Após apresentação Diretor da unidade agradece, passando palavra para a presidente que parabeniza pela apresentação e a estrutura do CAPSad e que todos devem visitar local principalmente a comunidade. Dando seguimento, Fátima abre inscrição para perguntas e esclarecimentos referentes à apresentação.  Iniciando o quadro de perguntas, o conselheiro Waldir Francisco da Costa (representante da Associação de Moradores do Conjunto Esperança) em sua fala diz que o trabalho está excelente, mas dentro das comunidades existem pessoas que estão destruindo suas casas, matando parentes, e pergunta ‘O que pode ser feito com esses loucos? Complementa dizendo que mesmo tendo o Pinel e o CPRJ, unidade de psiquiatria, o mesmo demonstra preocupação com os pacientes do centro que ficam até uma semana na unidade, pois podem acabar dando entrada no Pinel ou no CPRJ ou em outra unidade de atendimento psiquiátrico. Informa que o trabalho está perfeito para que se proponha nova psiquiatria, concorda que pacientes não devem ficar encarcerados, e que todas as vezes nas apresentações de CAPS se esquece de ‘loucos’ que estão destruindo seus lares, citando como exemplo caso ocorrido no Complexo da Maré, onde devido à agressividade de um cidadão solicitaram até ajuda a uma viatura do Exercito para contê-lo. O cidadão foi conduzido para a emergência do Hospital Federal de Bonsucesso, onde não ficou devido ao quadro, passando por mais dois hospitais (HM Souza Aguiar e HM Miguel Couto) onde não permaneceu por ser paciente com histórico de quadro psiquiátrico. O conselheiro diz que se o caso se fosse para no CAPS, não ficaria justificando que a unidade não está preparada para pacientes com o perfil (quadro de extrema agressividade). Cita também outra situação ocorrida essa na Linha Amarela (tentativa de homicídio). Caso atendido na emergência do PAM Del Castilho, onde permanece internado. O Conselheiro questiona que não se deve combater ao tráfico, mas sim tratar o usuário. Faz citação a uma das atividades ofertadas pelo CAPSad Miriam Makeba (Oficina de Futebol) -  atividade que sempre está acompanhando.  O conselheiro Waldir Francisco membro da Comissão de Fiscalização do CDS AP 3.1, solicita que em apresentações de CAPS, os casos psíquicos sejam separados dos casos de usuários de drogas, em apresentações distintas.  A convidada Dra Patrícia representante da Secretaria Municipal de Saúde e conselheira municipal, parabeniza o diretor do CAPSad Miriam Makeba pelo trabalho importantíssimo, deseja saber quando e de que forma as pessoas (usuários) do serviço do CAPS são cadastrados na Atenção Primária,tornando-se efetivamente usuários cadastrados numa unidade de Atenção Básica, e como a Atenção Primária pode ajudar o CAPS no mapeamento do território em busca de parcerias? Faz questionamento no que tange a inter-setorialidade, sendo de responsabilidade de todos os serviços desde a sociedade civil até as instituições e seus setores e pergunta como está o apoio institucional inter-setorial ao CAPS?  O conselheiro Severino Lino de Oliveira (Associação de Moradores da Comunidade São João - Jardim América) informa que o CAPS dentro do contexto funciona muito bem, porém quando um usuário necessita do acesso ao serviço surgem as burocracias e obstáculos para que o paciente chegue até a unidade e que a prática é contrária às apresentações.  O conselheiro trás a plenária dados extraídos do último Boletim DataSUS, onde indica que os atendimentos em hospitais federais caíram 7% devido as restrições, enquanto na Município e Estado houve aumento de 8% nos atendimentos, e ainda que a verba federal é de 620.000.000,00 (seiscentos e vinte milhões) para investimentos e R$ 1.200.000,00 (hum milhão e duzentos mil reais) para pagamento de pessoal. Portanto, o orçamento Estadual e Municipal é de R$ 290.000.000,00 (duzentos e noventa milhões) de investimentos e R$ 380.000.000,00 (trezentos e oitenta milhões) para pagamento de pessoal.  A presidente interrompe a fala de conselheiro, fazendo a seguinte observação: ‘Sua fala conselheiro é de extrema importância , solicito que seja feita na presença do Secretário Municipal de Saúde, e no momento que se faça perguntas pertinentes a apresentação.’  O conselheiro Severino Lino diz que demanda para atendimentos em Centro de Atenção Psico-social é muito grande, solicitando que as expectativas sejam atendidas conforme a realidade.  O palestrante Daniel Elia - Diretor do CAPSad Miriam Makeba, em resposta aos questionamentos informa que quanto ao acesso,  caberá uma nova discussão. O CAPSad por ser um serviço de portas abertas, a população domiciliada está tendo acesso ao serviço de maneira gradual. Diz que o contado com a Atenção Básica será de fundamental relevância para o estabelecimento de fluxo e acesso aos Centros de Atenção Psico-social. Diz ainda os casos mais graves são perfil de CAPS e em determinados momentos de crise, há a necessidade de serviço de emergência e após, encaminhado ao CAPS de origem.  Os pacientes de CAPSad são na maioria população de rua, vulnerantes, e a possibilidade de cadastramento para se tornar usuário da Atenção Básica acontece através do Consultoria na Rua. Daniel Elia diz que providencia o cadastro dessa população vulnerável, não fazendo exigências. Somente para acessos aos serviços.  Sobre a Inter-setorialidade, outros parceiros próximos são dois equipamentos da Prefeitura (CREAS e o CRAS). Diz que a aproximação com a Assistência Social se dá devido a localização do CREAS e do CRAS (ambos localizado na mesma rua do CAPS). Diz que juntos participam de reuniões e fóruns (Comissão Local).  O convidado e representante da comunidade Parque Maré José Carlos Gomes Barbosa, informa que a Cracolândia da Maré hoje em dia está na comunidade a qual representa, localizada na Passarela 9 da Avenida Brasil, e com a chegada do CAPS, a comunidade se sente contemplada, sendo que a população de rua no território aumentou entre usuários de drogas a pessoas com distúrbios mentais, solicitando que os serviços do CAPSad seja mais presente e atuante.  O convidado e Conselheiro Estadual Nereu Lopes pergunta onde estão os matriciadores da Atenção Básica, citando como exemplo o CMS Américo Veloso, onde o médico psiquiatra DR Emanuel Nóbrega, hoje aposentado, fazia o trabalho de matriciamento.  O convidado reforça a necessidade do Seminário Pactuação de Redes, onde será abordado como funcionam as unidades e qual o papel de cada um, e ainda como trabalha a Atenção Básica intercalada com os Centros de Atenção Psico-social, quando as discussões devem ser voltadas para Política de Saúde, e que na Área Programática 3.1 o Coordenador tem inteira responsabilidade com o Controle Social. Nereu diz ser um trabalho em conjunto e que as perguntas colocadas no espaço, devem ser feitas ou levadas ao conhecimento do Secretário Municipal de Saúde, para que o mesmo no seminário, questione o posicionamento do Governo Estadual e Federal.  O conselheiro João Ricardo (Associação de Moradores e Amigos de Vigário Geral) informa que no final de semana anterior ao dia da reunião na comunidade que representa, solicitaram intervenção do Corpo de Bombeiro para atendimento de emergência a um usuário de droga em crise. JR diz que o usuário é conhecido no território por questões pertinentes ao uso abusivo de drogas. Devida às questões, o conselheiro solicita que no II Seminário de Pactuação de Redes, tenha um ponto de discussão sobre a Saúde Mental, suas articulações e parceiros, acrescentando ser importante também a participação de um representante do Corpo de Bombeiro da região e dos hospitais de emergências para casos da saúde mental.  Em resposta Daniel  Elia diretor do CAPSad, diz ser de suma importância a comunicação com o Corpo de Bombeiro da área para casos futuros, e coloca que há demanda da área para criação do Centro de Atenção Psico-social para Usuários de Álcool e Drogas.  A Conselheira Fátima Virginia (CAP 3.1) abre sua fala parabenizando a apresentação, o conselho e aos trabalhadores da AP-3.1, diz que ao chegar na AP-3.1 existiam apenas 2 CAPS e hoje a AP-3.1 dispõe de 5 CAPS. Diz ainda ter sido resultado de uma luta de trabalhadores e usuários da AP-3.1 o CAPSad Miriam Makeba e acha muito interessante a forma de trabalho deles, que se entrosam bem com as equipes, sendo bastante produtiva para a Atenção Primária. Diz estar realizando uma capacitação de redução de danos, onde o CAPSad Miriam Makeba tem participado e pactuado. Fátima Virgínia acrescenta que para a formação dos conselheiros, seria muito importante uma capacitação sobre os CAPS para que entenda qual o papel dos CAPS e para que os mesmos se destinam. Reforçando a necessidade de uma capacitação de conselheiros voltados à Saúde Mental, porém o momento é de se dar boas vindas e fiscalizar o trabalho deles em prol da população. Em seguida Hugo Fagundes diz se sentir satisfeito pelo quanto a área ganhou com a criação de um CAPSad na área, citando que a localização é boa, por estar no eixo da Avenida Brasil, porém próximo a um local de grande concentração de usuários de drogas, considerando a escolha muito feliz, à duas quadras da Maré e próximo ao CRAS e ao CREAS e faz críticas ao modelo antigo de clínicas psiquiátricas. Hugo diz que os serviços de emergência, bem como as ambulâncias devem estar preparadas para atender a pacientes em qualquer situação, inclusive pacientes psiquiátricos. Hugo diz que embora faça parte desta mudança de modelo de atendimento psiquiátrico, é importante ter um olhar atentando para as queixas dos usuários, que pode estar sinalizando alguma falha no sistema, quando houve de um conselheiro usuário que o acesso é difícil. Hugo acha importante construir uma rede com maior solidez, fazendo um link entre o CAPS e a unidade básica a qual pertence o usuário para que possa acompanhar melhor. Finalizando, Hugo pergunta em que a CAP-3.1 pode ajudar a fim de potencializar a trabalho do CAPSad Miriam Makeba? Em seguida David Salvador (Secretario Executivo do Conselho Municipal de Saúde) inicia sua fala colocando que a pauta da RO é feita pelos conselheiros, portanto se a mesma está forte ou fraca, é um mérito dos conselheiros e que todas as decisões tomadas passam por um colegiado e pela comissão executiva deste conselho. Em relação ao tema, David acha que deveria haver uma discussão mais aprofundada sobre a política nacional de saúde no que diz respeito à Psiquiatria, onde se deve separar paciente psiquiátrico de paciente usuário de drogas. David diz perceber uma redução no número de usuários de drogas. E que os números apresentados são interessantes, cabendo aos conselheiros fiscalizar. Finalizando, David pergunta o que significa Projeto Terapêutico Singular? Em seguida, um convidado identificado como André da CAP-3.1 que diz estar presente diariamente no CAPS João Ferreira (Alemão) e diz que o trabalho da equipe é sempre muito elogiado, onde não se recebem queixas. Finalizando, pede que sinalizem os locais onde o acesso é dificultado para que se possa estar revendo. Em seguida a Conselheira Carla Cristina Cavalcante Paes Leme – diretora do CAPS Fernando Diniz que diz ser o segundo CAPS da AP-3.1 onde antes apenas existia o CAPS da Ilha. Carla diz que as críticas construtivas são sempre bem vindas, reforça a fala da Fátima Virgínia em melhorar o entendimento e coloca que CAPS não é creche de adulto. Que tem pacientes que precisam ser acompanhados diariamente, outros não. Diz que o Projeto  Terapêutico Singular é o projeto para você saber o que aquele paciente precisa. Diz que o CAPS está de portas abertas. O CAPS faz atendimento diário, porém existe um fluxo. A porta de entrada é pela clínica de família em parceria com o CAPS, porém acha que deve se ter mais parceiros no território para se dar conta. Retomando a palavra, a presidente Fátima registra a presença do representante da UPA – Penha e reforça a necessidade de um encontro para se debater saúde mental. Daniel Elia faz convite aos conselheiros que queiram conhecer o serviço do CAPS, que as portas estão abertas. Sobre o apoio da CAP -3.1Daniel Elia diz que a maior preocupação é na extensão da área e no apoio institucional (parceiros). Em relação ao Projeto Terapêutico Singular, Daniel diz que é a construção de “o que aquele indivíduo precisa” para que dê um resultado. Agradece e encerra, passando a palavra para a presidente Fátima Lopes que repassa a palavra para a Assessora do Secretário de Saúde Ângela Delamare que diz ser membro de Comissão de Educação Permanente e se coloca à disposição do CDS para estar capacitando os conselheiros no entendimento dos diferentes CAPS e suas áreas de atuação. Retomando a palavra, a presidente deste conselho Maria de Fátima Gustavo Lopes disponibiliza para os conselheiros o sistema de votação para o Cadastramento dos Serviços do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Droga (CAPSad) Miriam Makeba, aprovado por unanimidade. Após aprovação dos serviços, a presidente Maria de Fátima dá as boas vindas ao Secretário Municipal de Saúde Daniel Soranz e informa que a executiva deste conselho elaborou algumas perguntas e abrirá inscrições para que a plenária possa participar. Iniciando sua fala, Daniel Soranz agradece pela presença em massa e diz se sentir feliz com a reunião do conselho estar tão cheia. Diz haver assumido o cargo há pouco mais de uma semana e estar visitando os conselhos para ouvir antes de tomar qualquer decisão. Diz que o objetivo é escutar as demandas do conselho embora elas já estejam registradas em ata; que é importante estar juntos onde pode se fazer cobranças mútuas. O objetivo é escutar e falar um pouco do que já está planejado. Diz estar muito feliz e animado e espera contribuir com o sistema. Retomando a palavra, Fátima Lopes inicia com as perguntas: Sobre construção de clínicas de família e reforma das unidades tradicionais, pergunta-se: Seriam construídas 8 clínicas de família e reformadas 6 unidades tradicionais? Seriam elas: CMS JOSE BREVES DOS SANTOS; CMS MARIA CRISITNA ROMA PAUGARTTEN; CMS MADRE TEREZA DE CALCUTA; POLICLINICA NEWTON ALVES CARDOSO; PREDIO DA RUA 3 (POLICL. JOSÉ PARANHOS FONTENELLE) e CMS NECKER PINTO? Com a palavra, Daniel disse que as discussões já vem de muito antes e que estava em reunião discutindo com outros municípios do Rio para que eles também tenham uma atenção primária estruturada para que não venha parar tudo em nossa porta, justificando assim o seu atraso. Daniel acha importante se discutir as construções nas áreas e algumas já estão certas, não cabendo mais discussão, citando como exemplo a construção das clínicas na Bento Ribeiro Dantas, na Brigadeiro Tromposwiky e uma terceira na Maré, porém o local que havia sido planejado foi invadido e a prefeitura evita este tipo de confronto devido à critica principalmente por oportunistas que buscam motivos para criticar o governo, porém se pensou no 2º pavimento do prédio onde hoje funciona o restaurante popular na Av. Brasil – Bonsucesso. Outro local que já se esgotou a discussão é o CMS Alemão que está em ambiente inadequado, com estrutura física ruim e com grande número de atendimento, não atendendo hoje mais a demanda. A grande solução é uma nova Clínica entre a Rua Diomedes Trota e a Rua Euclides Farias, entrando pela Diomedes Trota pegando pedaço do terreno da Conservação / COMLURB e casa vazia que era utilizada como laboratório do Estado. Daniel propõe trazer em nova reunião do Conselho o território de todas as clínicas que já vão se construir e sua área de abrangência para que se saia daqui com isso aprovado. Daniel Soranz propõe que se planeje o que vai fazer até 2016 quando se pretende atingir 80% de cobertura. Para se ter clareza de aonde se pretende chegar. Propondo que se aprove aqui em reunião local a se instalar a Clínica e área de abrangência da mesma. Respondendo sobre as reformas das unidades tradicionais, Daniel Soranz informa que no CMS José Breves dos Santos, já se iniciou uma reforma, falta concluir e a previsão para realizar todas as reformas nas unidades tradicionais acima citadas no ano de 2015, citando o Prédio da Rua 3 (José Paranhos Fontenelle) como maior desafio e mais caro..  O CMS Necker Pinto a reforma é mais barata, reestruturação e entrada de Equipe de Saúde da Família, a reforma que mais preocupa Secretário é do Prédio da Rua 3, Daniel diz ter visitado a Rua 3 em 2007, prédio já estava em situação precária.  Fátima Lopes comenta de que havia um projeto de construção de um anexo à Policlínica José Paranhos Fontenelle, e que foi aprovado várias vezes. Daniel Soranz cita que deve entrar em discussão também a reforma de uma casa da Vigilância Sanitária, enviará para o Conselho o planejamento da reforma da casa.  A presidente faz pergunta ao Secretário quanto ao Hospital Municipal Nossa Senhora do Loreto, se tem perfil de atendimento especializado, pelo motivo de atender moradores de todo o Estado do Rio de Janeiro, e se situação não prejudica os moradores da AP 3.1? O valor gasto com os insumos utilizados nos moradores de outros municípios é devolvido aos cofres do Município do Rio? Estas vagas não deveriam estar no SISREG? Não seria melhor o Hospital ser Estadualizado? O secretário em resposta informa que o Hospital Loreto tem um único serviço que é especializado o de ‘Lábio Leporino’ e os demais serviços que mal dá para cobrir toda demanda. Diz que a   preocupação especial sobre o Hospital Loreto é custeado pelo recurso da Secretaria Municipal de Saúde e tal recurso não entra em pactuações com outros Municípios para devolução de verba. Diz que cada vez mais deve-se fechar o perfil do território da AP 3.1, especificamente do bairro da Ilha, fechando a porta para demandas de outros Municípios em serviços que não seja de especializado ‘Lábio Leporino’, extensivo ao Hospital Municipal Paulino Werneck. Todos os Municípios estão no teto do orçamento e o Governo Federal diz que não tem orçamento para fechar até Outubro. A Secretaria de Estado diz também que está com orçamento apertado, não tendo muita esperança para se conseguir recurso, nem em combinar entre os Municípios para que cada qual cuide de sua demanda em casos que demandam de atendimento especializado  como por exemplo do HNSL (Lábio Leporino), disponível à população o acesso.   O secretário fala da necessidade de se filtrar o máximo os atendimentos para que se possa atender a demanda da área da 3.1, sendo pertinente a entrada do Conselho de Saúde na discussão.  Os serviços de especialidades no Município do Rio de Janeiro que atende a outros Municípios,  as verbas são repassadas com exceção do Hospital Loreto.  Daniel Soranz diz que todas as vagas de especialidades deveriam estar no SISREG. Que o trabalho já está sendo feito com todas as unidades, detalhado por cada profissional. Dr. Daniel Soranz diz que quanto à  Estadualização do Loreto, não é possível por não atender todas as demandas, citando o Hospital Municipal Jesus como tendo perfil para virar Hospital Estadual, não sendo possível por ser a menina dos olhos da Secretaria Municipal de Saúde na referência Pediátrica. A presidente informa que encontra-se em tramitação o projeto para área da 3.1, para a criação de uma Maternidade ao lado do HNSL (desde década de 80), quando a própria fez entrega ao Dr Hans (ex-Secretário Municipal de Saúde), tendo como resposta que não haveria possibilidade, sugerindo ao atual Secretário Daniel aproveitar o Hospital Pediátrico e alocar a maternidade. O Secretário se coloca contrário ao projeto, justificando que primeiro devemos cuidar do que se tem e não inventar. Daniel exemplifica o Hospital Loreto que está com sua estrutura bastante deteriorada, assim como Hospital Paulino Werneck, que apesar de obras em algumas partes, existe ainda a necessidade de investimento e caso hoje estivesse recurso para construção de algo novo na Ilha, priorizava reformar os  que já existem para depois se pensar em algo novo.   Nas duas unidades, os funcionários são antigos, há anos atuando no território. Não tem previsão para obra, nem consta no planejamento para os próximos 4 anos. A proposta do Secretário para esse período é que se possa resolver o que se têm. O Secretário diz que o Hospital Federal de Bonsucesso tem uma super estrutura. A presidente complementa que as vagas são limitadas.  A presidente pergunta quanto ao Hospital Municipal Paulino Werneck. O Secretário fala que na Ilha se tem problema, um novo Paulino Werneck, sendo um sonho, lamenta pela estrutura organizacional. Diz que o Paulino Werneck já orçado, irá ganhar uma nova estrutura organizacional e que está em criação uma nova ND para despesas, onde irá subordinar o novo hospital à estrutura do Paulino para que a direção possa fiscalizar. Na nova estrutura, quem compõe e decide será a Diretora do HM Paulino Werneck - Dra. Olga, a qual ditará as regras de funcionamento e mudança no Organograma. Diz que até o final do ano com a saída da ND o CTA muda para que o Corpo Técnico do HM Paulino Werneck  possa estar mais presente, porém mesmo assim, não se resolvem todos os problemas.  O HM Paulino Werneck foi o primeiro hospital visitado pelo atual secretário, um dia antes da posse.  O principal problema é o corte orçamentário desorganizado e diz que irá melhorar o orçamento, e que a obra na parte interna da unidade está ótima, sendo importante a participação de todos no processo.  A presidente pergunta ao Secretário como se pretende trabalhar com relação ao PAD, qual a diferença de PADI para PAD e por que o PAD não aparece no faturamento ambulatorial? O secretário acha um absurdo não aparecer no faturamento, e que muitos diretores da Atenção Primária não informavam o faturamento sendo cortados, Dra Guilhermina informa que PAD da área está locado no Hospital Francisco Telles em Campo Grande.  O Secretário informa que o próprio foi a cada unidade e falou da importância de se informar o faturamento e que três meses após, ninguém fazia mais. Reforçando mais uma vez a importância através de email enviado a cada unidade.  Pretende-se reunir com os diretores dos hospitais para verificar a produção, citando como exemplo área o HFB que não informa faturamento. Quanto ao orçamento do PAD, irá chamar Dra Guilhermina e Dra Olga para discussão. Daniel disse que nos dois primeiros meses irá trabalhar em cima dos contratos e na organização, porém   logo em seguida agendará reunião para discutir PAD/PADI.  Presidente pergunta: E o HUCFF, como está sua relação com o SUS? E os outros hospitais da AP 3.1 (HEGV, HFB, HMEF, IPEC e MÁRIO KROEFF)? O Secretário diz que com relação ao H. U. Clementino Fraga Filho, é uma situação particular, sendo um dos maiores exemplos dentro do SUS. A construção do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, hospital gigantesco, um pedaço veio ao chão com a implosão, ocorrendo cada vez mais o esvaziamento, com redução de leitos, cabendo neste caso uma visita. O Secretário informa que marcou reunião com o Reitor da UFRJ para o dia 25 de julho, para que seja montado um planejamento solicitando recursos à Brasília, objetivando a melhora de orçamento do HUCFF. Daniel disse que é um hospital muito importante na formação dos profissionais e que está definhando, citando como exemplo o fechamento da emergência, disse ainda que não se pode formar um bom profissional sem o setor de emergência. Que o hospital não pode ser porta fechada. Que existe a necessidade da classificação de risco e posteriormente os casos encaminhados a Atenção Primária, se for o caso..  A porta fechada da unidade prejudicou muito. Houve a  tentativa para reabertura da emergência do hospital para formação dos alunos. A primeira discussão para investimento de verbas e a reabertura da emergência e outros serviços que estão na mão da iniciativa privada. A Odontologia da UFRJ é um prédio público em área pública,  só que serviços são cobrados dos pacientes. Deve se rever a questão do trabalho, que por mais que seja prédio público com funcionários públicos o serviço não é público, onde profissionais cobram pelo atendimento. Daniel Soranz disse que participou de uma discussão muito visceral, e que se não tiver financiamento o prédio irá fechar. Não se pode cobrar dos pacientes o serviço público do SUS, devemos planejar como resolver a questão grave e que não beneficia.  No caso do Hospital Estadual Getúlio Vargas, trata-se de um hospital de porta aberta que recebe demanda expressiva do SAMU na emergência, e as Clínicas de Família Felipe Cardoso e Aloysio Novis devem estar mais próximas ao hospital, montando-se uma estratégia de aproximação. No Hospital Federal de Bonsucesso está com planejamento e boa aproximação, maior orçamento da área, financiamento apertado e diz devemos tirar o melhor do HFB, colocando toda a unidade no SISREG. Diz ainda que a proposta é que seja feito um estudo nominal, onde cada profissional do hospital, cada pessoa contratada no CNES (Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde) e quantas vagas oferecem para regulação, exemplificando: Na unidade tem 30 Cardiologistas, todos no ambulatório, cada Cardiologista com 40 horas contratadas deveriam oferecer pelo menos 100 consultas no mínimo, levando em consideração que cada consulta demore 1 hora, no mínimo 40 consultas por semana, não entrando em polêmica, espera que cada profissional com 40 horas, considerando-se que o tempo de consulta dure 1 hora, oferece 40 consultas semanais, assim como o profissional de 24 horas com 1 hora para cada consulta, ofereça 24 consultas semanais.  Secretario diz que o conceito de qualidade para saúde é eficiência e espera-se cobrar mais vagas à frente. Daniel diz que irá entrar num espaço que nunca entrou (o que se contrata, o que se paga e o que se tem). O Secretario solicita a presidente se possível disponibilizar uma das pautas do conselho para que se possa discutir pessoa por pessoa, clinica a clinica, quando devemos levar em conta que tem profissionais com horas de estudos, horas de pesquisa e horas de sindicato, devendo ser olhado caso a caso. Diz que precisa de transparência para se tomar qualquer decisão. No Hospital Federal de Bonsucesso as vagas destinadas para regulação são 30% para o Estado e 70% para Município do Rio de Janeiro. Na Gestão Plena, a Secretaria Municipal de Saúde é quem vai fazer a regulação com transparência e cada Conselho Distrital de Saúde foi poder estar fiscalizando a carga horária de cada um dos contratados, não sendo somente atribuição dos Conselhos Distritais, e que os gestores e os DGHs também devem estar preocupados com a questão. Se todas as vagas de hospitais universitários e hospitais estaduais entrarem na regulação dentro do planejamento, não terá fila para nenhum procedimento dentro do SISREG.  Hoje em dia os exames de imagem, assim como exames de mamografia, de ultrassom e outros não apresentam mais problemas para marcação. A presidente interrompe Secretário e faz observação que o problema do HFB está no Corpo Clínico que se intitulam donos dos Leitos. O Secretário diz que não consegue sozinho trabalhar as questões, justificando presença como meio para busca de apoio para o enfrentamento de coisas históricas, solicitando também apoio dos sindicatos. Fátima Lopes pede para que o Secretário Daniel Soranz fale um pouco sobre o Instituto de Pesquisas Evandro Chagas – Fiocruz. Daniel informa que o IPEC é uma grande referência em infectologia. Tem sua estrutura física pequena com 24 leitos, porém com 12 leitos ocupados no momento. Diz que a nova direção já está trabalhando no intuito de disponibilizar as vagas para o SISREG, e que na FIOCRUZ tem muitos conselhos, e devemos sensibilizar aquela direção sobre a importância de participarem do CDS. É uma unidade voltada para a pesquisa. Tem um ambulatório especializado e muito organizado. Sobre o Hospital Mário Kroeff, Daniel diz ser muito importante pois tem atendido grande parte da Oncologia do Município do Rio de Janeiro. É um hospital regulado, que apresenta um serviço organizado e de qualidade. Sobre dificuldades no agendamento de consultas do SISREG e a proposta de regionalização do SISREG, Fátima Lopes pergunta ao Secretário se tais solicitações já estão sendo revistas. Daniel diz que antigamente o paciente saía do consultório com a guia de exame na mão procurando de unidade em unidade até conseguir o tratamento. Daniel diz que hoje o SISREG ordena a fila, o que até então era feito através de pedidos, favores e conhecimentos. Que os exames ou especialidades mais simples têm um atendimento mais rápido e alguns outros que são menos comuns como urologia e cardiologia, levam um tempo maior para ser atendidos, porém o SISREG expõe a carência. Diz que o encaminhamento errado também leva ao aumento da fila de espera, porém se tem melhorado, avançando de 3.000 consulta/mês regulada para 120.000 consultas/mês regulada. Sobre a territorização, hoje o SISREG não marca mais automaticamente como era antes, agendando o paciente sem analisar a distância. As marcações ocorrem através do Responsável Técnico da unidade que analisa a solicitação/necessidade, distância e acesso do paciente a fim de evitar marcação para local muito distante da residência do usuário. Diz ter sempre treinamento com os RTs, porém caso apareça alguns casos, a coordenação deve conversar com o RT para solucionar e não voltar a acontecer. Daniel diz que o SISREG além de ordenar, evita a realização de exames desnecessários. Que o absenteísmo hoje está em torno de 30% e as duas formas de diminuir são: a unidade confirmar através de um contato telefônico com o usuário, a presença àquela consulta ou exame e também um agendamento por conta do SISREG de 30%+ de pacientes a fim de compensar este absenteísmo. Seguindo as perguntas, Fátima coloca a importância do Projeto Reabilitar da Maré para os moradores daquela área e pergunta se existe a possibilidade de o mesmo ser reativado. Daniel responde que tem algumas questões relacionadas à documentação, mas que provavelmente já estão resolvidas. Disse que irá marcar uma reunião para tratar do assunto e vai separar uma rubrica para poder atender e que já está no seu planejamento. Daniel disse que inicialmente vai tentar reativar o projeto e caso não seja possível, vai reservar um espaço para a reabilitação na nova clínica. Em seguida iniciaram as perguntas da plenária: Nereu Lopes faz elogio ao Secretário Daniel Soranz por perceber que o secretário está com vontade política de fazer, porém faz algumas cobranças: A primeira sobre a participação do Hospital Evandro Chagas no CDS, lembrando que as verbas são aprovadas aqui. A segunda cobrança é por não ter sido falado nada sobre o IPPMG – Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira que considera uma unidade de saúde importante. Nereu diz se colocar como sindicalista à disposição visando um atendimento de qualidade à população para que o SUS de fato aconteça. Em seguida, o Conselheiro Sergio Clemente cobra uma repaginação na Policlínica José Paranhos Fontenelle. Faz elogios à Clínica Felippe Cardoso e cobra mais RH para a mesma. Diz que o Coordenador vai aos locais, porém nem tudo depende dele. Comenta sobre o espaço ocioso ao lado do Hospital Getúlio Vargas (lavanderia) solicitando que espaço seja reaproveitando para urgência e emergência pediátrica, sugerindo uma conversa pactuada entre as três esferas de governo. Finalizando, faz elogios ao trabalho do Cegonha Carioca. Em seguida Gilberto Souto (FAFERJ) que parabeniza o Secretário e lembra que segundo o secretário, o exame laboratorial tem prazo máximo para o resultado de 5 dias, mas hoje está levando 2 meses. Diz que um amigo da comunidade aguarda há um ano e meio pela marcação de consulta para urologista. Sugere que o Secretário visite as unidades de saúde da AP-3.1 para verificar se faltam profissionais, pois segundo ele, quando chega nas unidades esta é a fala. Finalizando, diz que a unidade a qual se refere na demora do resultado de exames e de marcação para urologista é a unidade CMS Américo Veloso. A gerente do CMS Alemão Janaína Vianna Balmant parabeniza o secretário pela sua nomeação. O Conselheiro JR pergunta ao secretário o que ele tem a falar sobre o esgotamento Sanitário.  André CAP-3.1 pergunta qual a opinião do secretário sobre o plano de cargos e salários dos servidores municipais. A Conselheira Aisar Parabeniza o novo Secretário Municipal de Saúde Daniel Soranz pela valorização da Doutora Olga Figueiredo (HMPW); Questiona a falta de pactuação com o Hospital Estadual Getúlio Vargas; fala da grande fila de pediatria do Hospital Estadual Getúlio Vargas; fala da super lotação do HE Getúlio Vargas e faz convite para visita. Kelly Cristina (Conselheira Suplente do Hospital Estadual Getúlio Vargas) justifica a ausência do diretor do H.E.G.V. e faz elogios ao Doutor Hugo Fagundes e ao Gerente da Clínica Felippe Cardoso - Leandro Abal; fala da dificuldade da pediatria e do hábito cultural; fala da importância de aproximação da rede; diz já estar em contato com a equipe de articulação da AP-3.1 e diz que o hospital apresenta dificuldade na porta de saída de pacientes terminais de oncologia. A gestora da Clínica de Família Joãozinho Trinta queixa-se de assaltos freqüentes sofridos por funcionários no entorno da clínica. Hugo Fagundes diz que com a apresentação do CAPSad surgiu novamente a dúvidas sobre o acesso do usuário. Ainda em sua fala, Hugo coloca que a emergência não pode ser adjetivada. Daniel Soranz diz que o Plano de Cargos e Salários é importante e tem seu apoio; Diz que o prazo para entrega de resultado de exames laboratoriais em cinco dias úteis tem que ser cobrado. Dentre outras propostas a serem incrementadas até o final do ano está a consulta com tempo e hora agendados. Finalizando, Fátima agradece a presença de todos e solicita que se preparem para o seminário, encerra a reunião às dezoito horas e trinta minutos da qual eu Flávia Pereira Moreira na função de secretária, lavro a presente ata que é por mim assinada e pela presidente deste conselho.

Rio de Janeiro, 23 de julho de 2014.

       Maria de Fátima Gustavo Lopes  - Presidente  
       Flávia Pereira Moreira - Secretária
                                                              
 




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