Conselho Distrital de Saúde da
AP-3.1
Rua São Godofredo, s/nº - Penha - RJ
Anexo à CAP-3.1 - Telefone: 2260-0294
E-mail: condisaudeap31@hotmail.com
RELATÓRIO DE VISITA À UPA - ALEMÃO
A Comissão de Fiscalização do CDS AP-3.1
composta pelos conselheiros: Valéria Gomes Pereira,
Paulo César do Nascimento Martins, Waldir Francisco da Costa e Cosme Francisco
Toscano esteve em visita no dia 26 de fevereiro de dois mil e quatorze à
UPA – Alemão, sendo recepcionada pela Assistente Social Vivian de Souza que forneceu as seguintes informações: A UPA Alemão é
Municipal -Tipo 2, tendo como equipe diária para atendimento: dois médicos
clínicos, dois médicos pediatras, três enfermeiros e sete técnicos de
enfermagem e os outros profissionais de retaguarda tais como uma assistente
social, um técnico de raio x, dois técnico de laboratório e seis
administrativos. O perfil de atendimento é urgência e emergência contando com
exames complementares (hemograma completo, bioquímica, EAS, raio x e ECG),
todos realizados na própria unidade. Caso haja necessidade de outro exame, o
mesmo é realizado em outra unidade. Segundo a representante da gestão o tempo
de espera entre a triagem e o atendimento médico é de 7 minutos. A
estratificação de risco é feita pelo enfermeiro e nos casos de encaminhamento
os pacientes são referenciados para a clínica de família próxima de sua
residência fazendo uso de auxílio do site “onde ser atendido”. A maioria dos
usuários são moradores do Complexo do Alemão e a demanda de pediatria é
pequena. OBS.: No momento de nossa visita, a sala vermelha e a sala de
pediatria estavam sem pacientes. A infra-estrutura é satisfatória com relação a
mobiliário, limpeza e conservação. A dispensação da farmácia funciona num
espaço pequeno que é dividido entre a UPA e a Clínica de Família Zilda Arns,
porém bem organizado, cada lado com seu farmacêutico responsável e seu
dispensador de medicamentos. O espaço do almoxarifado é muito pequeno,
dificultando o armazenamento de material. A unidade tem um profissional da
manutenção de plantão para atender a necessidade estrutural de urgência. Como
deficiência, foi citada a dificuldade encontrada para se conseguir internação
hospitalar via SISREG citando como exemplo uma idosa que se encontra na UPA há
dez dias aguardando vaga. Outra dificuldade apresentada foi em relação à
segurança, quando se citou que vários profissionais sofrem ameaças, resultando
na saída de quatro médicos pediatras em apenas um mês. Segundo a representante
da gestão, a UPA deveria receber a visita da viatura da PM três vezes por dia,
porém isso não acontece. Ao entrevistarmos os profissionais obtivemos as
seguintes informações: Embora o perfil seja emergencial, existe uma
descaracterização em função da demanda. O tempo de espera da chegada até a
triagem é de 20 minutos; da triagem à classificação de risco é de 15 minutos; da
classificação de risco até o médico é de até 60 minutos. O paciente fica
internado na UPA até no máximo 48 horas. A dificuldade encontrada na
transferência de pacientes é de disponibilidade de vagas pela central de
regulação. Foi observado o funcionamento de apenas um banheiro para uso
coletivo. Na parede foi localizado cartaz com número do Disque Denúncia (1746),
porém não se observou a apresentação da equipe e horário no painel de acesso ao
público. Como proposta foi apresentada a contratação de mais médicos e a
valorização profissional. Ao entrevistarmos os usuários, obtivemos os seguintes
resultados: O atendimento é regular; o acolhimento também é regular; o tempo de
espera da chegada até a triagem é de em torno de 40 minutos e mais 40 minutos
de espera até a classificação de risco. A partir daí o tempo de espera para o
atendimento médico vai depender da classificação, podendo demorar até 2
horas. Foi registrada a presença de
caixa de sugestões. Conforme registro dos profissionais acima, os usuários
sinalizaram a dificuldade para uso do banheiro único, porém a gestão informou
que um profissional já estava providenciando a compra do material para o
conserto. Outra deficiência apontada pelos usuários foi a falta de ortopedistas.
Concluída
a visita, a Comissão de Fiscalização retornou à sede do conselho e gerou este
relatório.
Rio de
janeiro, 26 de fevereiro de 2014.
Valéria Gomes Pereira - Comissão de Fiscalização
Jorge
Rodrigues Moreira -
Nenhum comentário:
Postar um comentário